Características Organolépticas e Harmonização
Irida é um belíssimo vinho moderno, elegante, descomplicado e extremamente agradável. Os vinhedos que dão origem a ele estão em uma encosta das montanhas da região de Aegialia, dentro da Indicação Geográfica Protegida Achaia.Confesso que me surpreendi positivamente ao conhecer e provar esse magnífico caldo, inclusive na ocasião se faziam presente alguns amigos entendedores que da mesma forma o elogiaram demais e o consideraram um ‘’Best Buy’’ ao descobrirem o seu preço. Foi elaborado exclusivamente com a uva Syrah proveniente do melhor terroir, o de Achaia que é a denominação geográfica protegida. O exemplar fermentou e amadureceu por 3 meses em barricas de carvalho, o que lhe conferiu elegância, maciez e maior complexidade. Apresenta lindíssima coloração rubi profundo e brilhante com halos violáceos sem nenhuma evolução, a limpidez é surpreendente mostrando a higiene na produção. Ao girar a taça, nota-se abundância de lágrimas densas de média velocidade escorrendo pelas paredes da taça, nos informando sobre a boa estrutura do caldo. No nariz, aromas agradáveis de frutas vermelhas e negras confitadas assim como amoras e mirtilos e um toque defumado que nos faz lembrar os fumos aromatizados do Narguile. O final é gostoso, pois remete a côco, chocolate amargo e uma lembrança sutil de tabaco. Em boca é amável, pousa na língua com maciez, tem ataque guloso de frutas negras cozidas e em seguida aparecem notas defumadas e uma leve pitada de pimenta do reino moída com uma elegância ímpar que dificilmente se encontram em varietais de Syrah. É robusto, enche o palato, sente-se o vigor do caldo sobre a língua que logo pede comida. Trata-se de um exemplar extremamente equilibrado onde a fruta, madeira, acidez e taninos se integram e o tornam único. Esse seria o vinho certo para anteceder grandes e famosos vinhos, pois o seu encontro enogastronômico deve se iniciar em alto estilo e com esse Syrah você estará bem servido mesmo diante dos maiores conhecedores. Harmonização: ficou divino ao lado de um risoto de gorgonzola e alcachofras acompanhado de escalopes de filé mignon e cogumelos frescos, mas é claro que será um par perfeito para um belo ragu de músculo, ossobuco com polenta e também pode acompanhar uma simples tábua de queijos e embutidos com os amigos. Não requer passagem por decanter e recomenda-se degustar preferencialmente em taças lisas, cristalinas e de grande abertura, do tipo Bordeaux. Esse exemplar está pronto para o consumo, mas pode ser apreciado, ainda em seu ápice, até fins de 2027.